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| Mistic Angel

23 de outubro de 2011




Nada nos parece tão sólido quanto o chão que pisamos. E no entanto a crosta repousa sobre magma líquido e incandescente. Placas de terra que se chocam em constante mutações, embaladas por fluido e fogo. Montanhas que se elevam para depois aprofundarem-se em vales de luz e de sombras. O núcleo ígneo sobre o qual flutuamos viaja no espaço, perseguindo um sol que também segue uma trajetória que ainda não aprendemos. Viajantes somos em um espaço e em movimento ininterrupto.
Se assim é, por que a arrogância? Por que nos pensarmos mais do que somos?
Contudo, se podemos ser comparados à infinitesimal partícula de um grão de areia, por outro lado, temos a abrangência da nossa consciência. Ela pode abraçar a tudo isso, perceber sua própria pequenez ao mesmo tempo em que se lança a vôos imponderáveis, à dimensões inimagináveis para nós, nesse momento.
Então, é ela que importa. Apenas ela. É do seu cultivo que nasceremos novos, senhores amorosos do nosso próprio destino. Por enquanto, basta que não nos deixemos assombrar por aquilo que nada mais é do que a minúscula parcela do menor grão de areia encontrado...


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